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tudo o que você queria saber sobre a arte você não vai encontrar aqui.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

a arte hoje é como o papel moeda ela tem uma forma física mas o seu valor é
determinado por um lastro "econômico",ou seja virtual
se todos os bancos quebrarem o seu dinheiro se torna um pedaço de papel inútil,a arte opera num mesmo modo
não importa o que o artista produza porque ele pode fazer qualquer coisa ou ação
que vira arte,
mas sim quem vai dizer o que é e o que não e arte
hoje em dia é o curador, ele é quem tem essa função
(pode-se incluir toda a malha burocrática em torna dele, instituições,universidades,museus,
livros de arte e seus
respectivos atores).
a arte não serve para aumentar nossa auto-estima ou elevar nossos espíritos para a contemplação do belo a arte hoje não opera assim porque isso é só um amontoado
de teorias estéticas do passado que não explicam o fenômeno artístico do presente
a arte pode servir para
qualquer finalidade mas essas finalidades acima são secundárias,
mesmo resultado você teria conversando com amigos,se apaixonando ou tendo um filho.


o problema que confundem materialidade técnica com a verdadeira concepção
de duchamp que é:

a arte hoje em dia perdeu sua especificidade tanto técnica como simbólica,
o lugar do artista e até mesmo sua função está
condicionada a fatores alienados
de seu próprio fazer artístico
ou seja o artista faz arte hoje simplesmente... porque não espirrar?
ganhar dinheiro exibindo luzes som e fúria numa exposição onde amanhã todo mundo já esqueceu o que viu e parte de novo para ver uma sala vazia cheia de nenhuma intenção
artística,onde o curador é que diz o que é ou não é arte? o ready made é a presença
inequívoca
de que a arte se confundiu com o mundo e sua separação
é impossível;longe de reafirmar a morte da arte creio que um novo pensar
deve seguir adiante sem
passar nos mesmos clichês que vigoram ainda
nos nossos empoeirados museus e universidades.(sendo a morte da arte também um clichê)

a arte não morreu porque ela é um conceito criado pelos único animal que cria conceitos
e que virou uma instituição como a igreja com sua ladainha de catálogos
que não tem nada de "lógos" e seus credos de que
o artista tem que ser
alienado de criticar essa instituição.
o artista só serve para (rês)produzir nossas
modas de verão ou a
última tendência de cor da estação, qualquer padrão aleatório
ditado por um punhado de estilistas de magreza
que não percebem que o mundo é redondo porque gira infinitamente em torno do seu próprio eixo e não de seus egos.
assim a arte acumula todas as coisas através de uma coleção estilo pokemon
onde todos os participantes tem seus respectivos
animais para a competição e quem ganha e aquele que derrotar o maior números deles para finalmente ganhar o prêmio de mestre supremo pokemon (que eu não faço a menor idéia para que serve!).

todo o radicalismo de duchamp vem do fato que toda as teorias sobre arte no passado não dão
conta de explicar a arte atual: ele simplesmente nomeia qualquer objeto com qualquer teoria,qualquer conceito e diz que tudo pode virar arte, que cada pessoa pode fazer sua
própria escolha a partir de seus próprios interesses e se tornar também um artista.
hoje a arte é especulativa (todos especulam sobre uma arte que não tem existências
teórica só formal ) e virtual
(artistas criam espaços internet onde destroem
a figura do intermediário das arte:antes foram a igreja,reis, mecenas,comerciantes,
grandes corporações e hoje é uma
distribuição descentralizada e sem direitos autorais
onde a especulação contraditoriamente não existe) é simulacro:
(ela simula sua própria referência é como um espelho olhando outro espelho
nada se parece com nada e
tudo parece que já foi dito ouvido e visto
ele é como a bolsa de valores especulativa se alguém acha que a arte é de uma forma
todos
acabam indo para um mesmo lado através de ondas de especulação
chamado "moda''o mercado
é guiado pelo sentimento de que um determinado artista
possa ser bem cotado num leilão de suas obras e onde ele consagrado pode fazer o que quiser que todos aplaudirão. hoje em dia a moda é causar polêmica para atingir um publico que
adora os big brother, pessoas fabricadas autenticamente nas câmeras que captam
a vida real simulada num ambiente
controlado pela audiência.A audiência parece ser
o único termômetro capaz de autenticar uma obra (audiência é colocada aqui num sentido
mais amplo
; é uma especie de marcador que possibilita o curador saber se tal obra é ou não válida,ela funciona assim quanto maior o preço da obra melhor ela é validada e ao mesmo tempo se utiliza velhos conceitos para validar um artista como currículo e conhecimento da mídia. o sistema como um todo adora utilizar de contradições para validar seus artistas e suas obras:
ao mesmo tempo que utilizam a história da arte
para realçar determinados aspectos das obras. eles dizem que o artista fez uma ruptura com velhos cânones, flerta com o novo já sabendo que ele nasce ultrapassado. a arte hoje em dia é atemporal porque não podemos ter nenhuma referência do passado para explicá-la seu presente é seguido
continuamente de um silêncio
barulhento provocado por bolhas especulativas
de bienais e seu futuro nunca existirá pois ele já chegou e todo mundo já esqueceu

como diria o obcínico:o artista faz tudo improvisado mas ensaia bastante.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Três Macacos a espera de um Aluno

"Há algum tempo recebi um convite de um colega professor para servir de árbitro na revisão de uma prova de física que recebera nota zero . O aluno dizia merecer nota máxima. O professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido .

Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova: Mostre como se pode determinar a altura de um edifício bem alto com o auxílio de um barômetro .

A reposta do estudante foi a seguinte : "Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele ; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; esse comprimento será igual à altura do edifício".

Sem dúvida a resposta satisfazia o enunciado, e por instantes vacilei quanto ao veredicto .

Recompondo-me rapidamente , disse ao estudante que ele tinha respondido à questão, mas sua resposta não comprovava conhecimentos de física, que era o objeto da prova. Sugeri então que ele fizesse outra tentativa de responder a questão . Meu colega concordou prontamente e, para minha surpresa, o aluno também.

Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, demonstrando algum conhecimento de física .

Passados cinco minutos, ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o teto da sala .

Perguntei-lhe então se desejava desistir , pois eu tinha um compromisso logo em seguida. Mas o estudante anunciou que não havia desistido , e estava apenas escolhendo uma entre as várias respostas que concebera .

De fato, um minuto depois ele me entregou esta resposta: ‘Vá ao alto do edifício , incline-se numa ponta do telhado e solte o barômetro, medindo o tempo T de queda, desde a largada até o toque com o solo . Depois, empregando a fórmula h=(1/2)gt2 , calcule a altura do edifício‘ .

Nesse momento , sugeri ao meu colega que entregasse os pontos e , embora contrafeito , ele deu uma nota quase máxima ao aluno.

Quando ia saindo da sala , lembrei-me de que o estudante havia dito ter outras respostas para o problema. Não resisti a curiosidade e perguntei-lhe quais eram essas respostas.

Ele disse : Ah! sim , há muitas maneiras de achar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro . Por exemplo: num belo dia de sol pode-se medir a altura do barômetro e o comprimento de sua sombra projetada no solo, bem como a do edifício . Depois , usando-se uma simples regra-de-três , determina-se a altura do edifício . Um outro método básico de medida, aliás bastante simples e direto , é subir as escadas do edifício fazendo marcas na parede, espaçadas da altura do barômetro. Contando o número de marcas, tem-se a altura do edifício em unidades barométricas. Um método mais complexo seria amarrar o barômetro na ponta de uma corda e balança-lo como um pêndulo , o que permite a determinação da aceleração da gravidade (g). Repetindo a operação ao nível da rua e no topo do edifício, obtêm-se duas acelerações diferentes , e a altura do edifício pode ser calculada com base nessa diferença. Se não for cobrada uma solução física para o problema, existem muitas outras respostas . A minha preferida é bater à porta do zelador do edifício e dizer: ‘Caro zelador , se o senhor me disser a altura desse edifício , eu lhe darei esse barômetro.‘

A essa altura, perguntei ao estudante se ele não sabia qual era a resposta ‘esperada ‘ para o problema Ele admitiu que sabia , mas estava farto das tentativas do colégio e dos professores de dizer como ele deveria pensar."

domingo, 15 de junho de 2008

Quando Marvin Chorou...


...Naquela mesma tarde, o paciente do quarto 13 da Clínica Lauzon, Eckart Müller, pegou um fiacre até a estação ferroviária e, de lá, viajou para o sul, sozinho, para a Itália, para o calor do sol, o ar calmo e um encontro, um honesto encontro, com um profeta persa chamado Zaratustra.

NOTA DO AUTOR

Friedrich Nietzsche e Josef Breuer nunca se conheceram. E, é claro, a psicoterapia não foi inventada como resultado do encontro deles. Não obstante, a situação da vida da maioria dos personagens baseia-se em fatos, e os componentes essenciais deste romance - a angustia mental de Breuer,o desespero de Nietzsche, Arma O.,Lou Salomé, o relacionamento de Freud com Breuer, que foi o embrião da psicoterapia - existiam historicamente em 1882.

Friedrich Nietzsche fora apresentado por Paul Rée à jovem Lou Salomé na primavera de 1828 e, nos meses seguintes, tivera um breve, Intenso e casto caso amoroso com ela. Ela seguiria uma notável carreira como brilhante literata e psicanalista e também seria conhecida pela amizade última com Freud e por suas ligações românticas, especialmente com o poeta alemão Rainer Maria Rflke.

O relacionamento de Nietzsche com Lou Salomé, complicado pela presença de Paul Rée e sabotado pela irmã de Nietzsche,Elisabeth, terminou desastrosamente para ele; durante anos, o filósofo esteve angustiado com seu amor perdido e com sua crença de que fora traído. Durante os últimos meses de 1882 - aqueles em que se passa a história deste livro -, Nietzsche estava profundamente deprimido, até com impulsos suicidas. Suas cartas desesperadoras para Lou Salomé, partes das quais estão citadas no decorrer deste livro, são autênticas, embora haja incerteza sobre quais foram meramente rascunhos e quais foram realmente remetidas. A carta de Wagner para Nietzsche citada no Capítulo l também é autêntica.

O tratamento médico ministrado por Josef Breuer a Bertha Pappenheim, conhecida como Anna O., ocupou grande parte da atenção dele em 1882. Em novembro daquele ano, começou a discutir o caso com seu jovem protegido e amigo, Sigmund Freud, o qual, conforme descreve este romance, visitava com freqüência a casa de Breuer. Uma década depois, o caso de Anna O. seria o primeiro descrito em Estudos sobre a histeria de Freud e Breuer, o livro que desencadeou a revolução psicanalítica.Bertha Pappenheim foi, assim como Lou Salomé, uma mulher notável. Anos após seu tratamento com Breuer, distinguiu-se tanto numa carreira de assistente que foi postumamente homenageada em um selo comemorativo da Alemanha Ocidental de 1954. Sua Identidade como Anna O. era desconhecida do público até que Ernest Jones a revelou em sua biografia de 1953 “Vida e obra de Sigmund Freud”.Teria o Josef Breuer histórico sido obcecado pelo desejo erótico por Bertha Pappenheim? Pouco se sabe da vida íntima de Breuer, mas os estudos pertinentes não eliminam essa possibilidade. Relatos históricos conflitantes concordam apenas com o fato de que o tratamento de Bertha Pappenheim com Breuer evocou sentimentos complexos e poderosos em ambas as partes.Breuer se preocupava tanto com sua jovem paciente e despendia tanto tempo visitando- a, que sua esposa Mathilde ficou ressentida e enciumada. Freud mencionou explicitamente ao seu biógrafo Ernest Jones o envolvimento emocional excessivo de Breuer com sua jovem paciente e, em uma carta escrita na época para sua noiva Martha Bernays, tranqüilizou-a de que nada do gênero jamais aconteceria com ele. O psicanalista George Pollock aventou que a forte resposta de Breuer a Bertha pode ter radicado no fato de ele ter perdido a mãe, também chamada Bertha, numa idade prematura.
O relato da dramática gravidez ilusória de Anna O. e o pânico e a interrupção precipitada da terapia por parte de Breuer há muito tempo fazem parte do saber psicanalítico. Freud descreveu o incidente pela primeira vez em uma carta de 1932 ao romancista austríaco Steían Zweig, e Ernest Jones o repetiu em sua biografia de Freud. Apenas recentemente o relato foi questionado e a biografia de Breuer por Adbrecht Hirschmuller em 1990 sugere que todo o incidente foi um mito forjado por Freud. O próprio Breuer jamais esclareceu esse ponto e, no histórico do caso publicado em 1895, aumentou a confusão em tomo do caso de Anna O. ao exagerar excessiva e inexplicavelmente a eficácia de seu tratamento.

É notável, considerando-se a grande influência de Breuer no desenvolvimento da psicoterapia, que ele tenha voltado a atenção para a psicologia por apenas um breve segmento de sua carreira. A medicina recorda melhor Josef Breuer não apenas como um importante pesquisador da fisiologia da respiração e do equilíbrio, mas também como um brilhante diagnostícador que foi médico de toda uma geração de grandes figuras da Viena do fin de siècle.

Nietzsche sofreu de problemas de saúde em grande parte de sua vida. Embora em 1890 sofresse um colapso e resvalasse irrevogavelmente na grave demência de paralisia (uma forma de sífilis terciária, de que morreu em 1900), o consenso é que, na maior parte de sua vida anterior, sofrerá de outra doença. É provável que Nietzsche (cujo quadro clínico retratei baseado no vivido esboço biográfico de Stefan Zweig de 1939) sofresse de grave enxaqueca. Devido a essa doença, Nietzsche consultou muitos médicos por toda a Europa e poderia facilmente ter sido persuadido a se consultar com o eminente Josef Breuer.Não teria sido típico da personalidade de uma Lou Salomé preocupar-se em pedir a Breuer para ajudar Nietzsche. Segundo seus biógrafos, não era uma mulher significativamente oprimida pela culpa, e sabe-se que terminou vários casos amorosos aparentemente sem grande remorso. Geralmente, ela preservava sua privacidade e, pelo que pude apurar, não mencionou publicamente seu relacionamento pessoal com Nietzsche. Suas cartas para ele não sobreviveram. Provavelmente foram destruídas por Elisabeth, a irmã de Nietzsche, que lutou a vida toda contra Lou Salomé. Esta tinha realmente um irmão, Jenia, que estudava medicina em Viena em 1882. Entretanto, é altamente improvável que Breuer tivesse apresentado o caso de Anna O. em uma conferência para estudantes naquele ano. A carta de Nietzsche (no final do Capítulo 12) a Peter Gast, um amigo e editor, e a carta de Elisabeth Nietzsche (no final do Capítulo 7) a Nietzsche são fictícias, como o são a Clínica Lauzon e os personagens Fischmann e Max, este, cunhado de Breuer. (Breuer era, entretanto,um aficionado enxadrista.) Todos os sonhos relatados são fictícios, exceto dois de Nietzsche: os de seu pai levantando da tumba e do estertor da morte do ancião.

Em 1882, a psicoterapia ainda não nascera e Nietzsche, é claro, jamais voltou formalmente sua atenção em direção dela.Contudo, em minhas leituras de Nietzsche, constato que ele estava profunda e significativamente preocupado com a autocompreensão e a mudança pessoal. Para manter a coerência cronológica, confinei minhas citações às obras de Nietzsche anteriores a 1882, sobretudo Humano, demasiado humano, Meditações inoportunas, Aurora e A gaia ciência. No entanto, presumi também que os grandes pensamentos de Assim falou Zaratustra, em grande parte escritos poucos meses depois da época do encerramento deste livro, já estavam percorrendo a mente de Nietzsche.


IRVIN D. YALOM, professor de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Stanford,é autor dos clássicos compêndios The theory and practice of gmup psychotherapy Existential psychotherapy e Inpattent group psychotherapy e co-autor de Every daygets a little closere Encounter groups: First facts- todos publicados pela Basic Books. Seu livro mais recente foi Love's executioner and other tales of psychotherapy (Basic Books,1990).

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Deus Salve a Rainha de Paus!

Eu, Guaicaipuro Cautémoc, descendente dos que povoaram a américa há 40 mil anos, vim aqui encontrar os que nos encontraram há apenas 500 anos.

O irmão advogado europeu me explica que aqui toda dívida deve ser paga, ainda que para isso se tenha que vender seres humanos ou países inteiros.
Pois bem! Eu também tenho dívidas a cobrar. Consta no arquivo das Índias Ocidentais que entre os anos de 1503 e 1660, chegaram à Europa 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata vindos da minha terra!... Teria sido um saque? Não acredito. Seria pensar que os irmãos cristãos faltaram a seu sétimo mandamento.
Genocídio?... Não. Eu jamais pensaria que os europeus, como caim, matam e negam o sangue de seu irmão.
Espoliação?... Seria o mesmo que dizer que o capitalismo deslanchou graças à inundação da Europa pelos metais preciosos arrancados de minha terra!
Vamos considerar que esse ouro e essa prata foram o primeiro de muitos empréstimos amigáveis que fizemos à Europa. Achar que não foi isso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que me daria o direito de exigir a devolução dos metais e a cobrar indenização por danos e perdas.
Prefiro crer que nós, índios, fizemos um empréstimo a vocês, europeus.
Ao comemorar o quinto centenário desse empréstimo, nos perguntamos se vocês usaram racional e responsavelmente os fundos que lhes adiantamos.
Lamentamos dizer que não.
Vocês dilapidaram esse dinheiro em armadas invencíveis, terceiros reichs e outras formas de extermínio mútuo. E acabaram ocupados pelas tropas da OTAN.
Vocês foram incapazes de acabar com o capital e deixar de depender das matérias primas e da energia barata que arrancam do terceiro mundo.
Esse quadro deplorável corrobora a afirmação de Milton Friedmann, segundo o qual uma economia não pode depender de subsídios.
Por isso, meus senhores da Europa, eu, Guaicaipuro Cautémoc, me sinto obrigado a cobrar o empréstimo que tão generosamente lhes concedemos há 500 anos. E os juros.
É para seu próprio bem.
Não, não vamos cobrar de vocês as taxas de 20 a 30 por cento de juros que vocês impõem ao terceiro mundo.
Queremos apenas a devolução dos metais preciosos, mais 10 por cento sobre 500 anos.
Lamento dizer, mas a dívida européia para conosco, índios, pesa mais que o planeta terra!... E vejam que calculamos isso em ouro e prata. Não consideramos o sangue derramado de nossos ancestrais!
Sei que vocês não têm esse dinheiro, porque não souberam gerar riquezas com nosso generoso empréstimo.
Nas há sempre uma saída: entreguem-nos a Europa inteira, como primeira prestação de sua dívida histórica.

Sobre o(a) autor(a):
Fala do cacique Guaicaipuro Cautémoc numa reunião com chefes de estado da Comunidade Européia. e vovô viu a vulva...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Companheiros,Camaradas,concubinas......

INTERNACIONAL Nova Iorque, Nova Iorque

De pé ó vítimas da fome Comece a espalhar a notícia, estou partindo hoje
De pé famélicos da terra Eu quero ser parte dela
Da idéia a chama já consome Nova Iorque, Nova Iorque
A crosta bruta que a soterra Nova Iorque, Nova Iorque
Cortai o mal bem pelo fundo Estes sapatos de vagabundo, estão desejando passear
De pé, de pé, não mais senhores Bem correto ao melhor coração de, Nova Iorque, Nova Iorque
Se nada somos em tal mundo Nova Iorque, Nova Iorque
Sejamos tudo ó produtores.Eu quero acordar na cidade que nunca dorme

Refrão:
Bem unidos façamos Nova Iorque... Nova Iorque
Nesta luta final Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
Uma terra sem amos E descobrir que sou o número um, no topo da lista
A Internacional
Senhores patrões chefes supremos E descobrir que sou o número um, no topo da lista
Nada esperamos de nenhum Rei da montanha, um número um
Sejamos nós que conquistemos Rei da montanha, um número um
A terra mãe livre comum Nova Iorque... Nova Iorque
Para não ter protestos vãos Estes blues de pequenas cidades do interior se derretendo
Para sair deste antro estreito Eu farei um novo recomeço nela - Na velha Nova Iorque
Façamos com nossas mãos Só depende de você, Nova Iorque - Nova Iorque
Tudo o que a nós nos diz respeito.Nova Iorque - Nova Iorque

Refrão
O crime do rico a lei o cobre Eu farei um novo recomeço nela - Na velha Nova Iorque
O Estado esmaga o oprimido Se eu conseguir lá, eu consigo em qualquer parte
Não há direito para o pobre Só depende de você, Nova Iorque - Nova Iorque
Ao rico tudo é permitido.Só depende de você, Nova Iorque - Nova Iorque
À opressão não mais sujeitos Rei da montanha, um número um
Somos iguais todos os seres E descobrir que sou o número um, no topo da lista
Não mais deveres sem direitos Rei da montanha, um número um
Não mais direitos sem deveres Rei da montanha, um número um

Refrão
Abomináveis na grandeza Comece a espalhar a notícia, estou partindo hoje
Os reis da mina e da fornalha Eu quero ser parte dela
Edificaram a riqueza Nova Iorque, Nova Iorque
Sobre o suor de quem trabalha. Estes sapatos de vagabundo, estão desejando passear
Todo o produto de quem sua Só depende de você, Nova Iorque - Nova Iorque
A corja rica o recolheu Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
Querendo que ele o restitua Nova Iorque... Nova Iorque
O povo quer só o que é seu. E descobrir que sou o número um, no topo da lista

Refrão
Nós fomos de fumo embriagados Comece a espalhar a notícia, estou partindo hoje
Paz entre nós guerra aos senhores Eu quero ser parte dela
Façamos greve de soldados Nova Iorque, Nova Iorque
Somos irmãos trabalhadores. Nova Iorque, Nova Iorque
Se a raça vil cheia de galas Estes sapatos de vagabundo, estão desejando passear
Nos quer à força canibais Nova Iorque, Nova Iorque
Logo verá que nossas balas Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
São para os nossos generais Nova Iorque... Nova Iorque

Refrão
Pois somos do povo os ativos E descobrir que sou o número um, no topo da lista
Trabalhador forte e fecundo Eu quero ser parte dela
Pertence a terra aos produtivos Eu quero acordar na cidade que nunca dorme
Ó parasita deixa o mundo.Nova Iorque... Nova Iorque
Ó parasita que te nutres Nova Iorque... Nova Iorque
Do nosso sangue a gotejar Eu farei um novo recomeço nela - Na velha Nova Iorque
Se nos faltarem os abutres Se eu conseguir lá, eu consigo em qualquer parte
Não deixa o sol de fulgurar Se eu conseguir lá, eu consigo em qualquer parte

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Tudo isso sim,não vai dar em Nada!

Em um debate numa Universidade americana, Cristóvam Buarque, ex-governador de Brasília, foi perguntado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
Quem perguntou disse que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Esta foi a resposta de Cristóvam Buarque:

"Como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se sob uma ética humanista, a amazônia deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.Neste momento, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos Estados Unidos. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza especifica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos Estados Unidos. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os candidatos a presidência dos Estados Unidos tem defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de comer e de ir a escola. Internacionalizemos as crianças tratando todas elas como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro, ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, ou que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cartum Ready Made da Mafalda 1

Dança do Créu
Mc Créu

Composição: Mc Créu e aqui participação especial de Dj Obcínico

É creu!

É créu neles!brasileiros!
É créu neles!governos!

Pra dançar créu tem que ter disposição,Bush e Lula
Pra dançar créu tem que ter nacinalidades
Pois essa dança, ela não é mole não
Eu venho te falar, são cinco realidades

A primeira é devagarzinho, só o aprendizado, USA x Cuba
Créééééééééééééééu...(3x)
Se ligou? De novo, Raul Castro!
Créééééééééééééééu...(3x)

Número 2! Venezuela x Equador x Colômbia x Farc
Créu, créu, créu, créu, créu, créu,Tibet!
Continua fácil, né, Hugo Chaves?
Créu, créu, créu, créu, créu, créu, Paraguai!

Numero 3, no talento, ó...mundo x terrorismo x narcotráfico
Créu, créu, créu, créu (3x), Amazônia!
Quero ver na 4, hein,próximo presidente!
Créu, créu, créu, créu (3x), Brasilia!

Número 4, brasil x o mundo todo
Créu, créu, créu, créu, USA imperialista!
Créu, créu, créu, créu, Mercosul falido!
Créu, créu, créu, créu, Europa protencionista!
Créu, créu, créu, aquecimento global!
Créu, créu, créu, créu, Africa desnutrida!
Créu, créu, créu, créu, China e Irã ditatorial!
Tá aumentando mané Lula!
Créu, créu, créu, créu, imposto
Créu, créu, créu, créu, violência
Créu, créu, créu, créu, desemprego
Créu, créu, créu, politico corrupto
Créu, créu, créu, créu, brasileiro passivo
Créu, créu, créu, segura DJ Obcínico!

Vou confessar a vocês
Que eu não consigo a número 5
DJ Obcínico!
realidade cinco na dança do créu! Lula reeleito!!
Créu-Créu-Créu-Créu-Créu-Créu-Créu-Créu (6x)
Hahahahaha
Créu-Créu-Créu-Créu-Créu-Créu-Créu-Créu (8x)

terça-feira, 25 de março de 2008

Mais do Menos

...que 4 dedos fazem1 palmo, e 4 palmos fazem 1 pé, 6 palmos fazem 1 cúbito, 4 cúbitos fazem a altura de um homem, 4 cúbitos fazem 1 passo e 24 palmos fazem um homem; Se abrir as suas pernas tanto que diminua 1 /14 da sua altura e esticar e erguer os seus braços até que os seus dedos do meio toquem o alto da sua cabeça, deve saber que o centro dos membros entendidos será no umbigo e que o espaço entre as pernas será um triângulo equilátero. O comprimento dos braços estendidos de um homem é igual à sua altura. Desde a raiz do cabelo até à extremidade do queixo é um décimo da altura de um homem, desde a extremidade do seu queixo até ao alto da sua cabeça é um oitavo da sua altura; desde o alto do seu peito até ao cimo da sua cabeça será um sexto do homem. Desde o alto do peito até à raiz do cabelo será um sétimo de todo o homem. Desde os mamilos até ao alto da sua cabeça será o quarto de um homem. A maior extensão dos ombros contém em si a quarta parte de um homem. Desde o cotovelo até à ponta da mão será a quinta parte de um homem; e desde o cotovelo até ao ângulo do sovaco será a oitava parte de um homem. Toda a mão será a décima parte de um homem; o início dos genitais marcam o centro do homem. O pé é a sétima parte do homem. Desde a planta do pé até abaixo do joelho será a quarta parte de um homem. Desde abaixo do joelho até ao início dos genitais será a quarta parte de um homem. A distância entre o fim do queixo até ao nariz e desde a raiz do cabelo até às sobrancelhas é, em cada caso, a mesma, e tal como a orelha, um terço do rosto.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ser normal é ser Artificial


Ser um artificio significa encontrar nos fragmentos das pequenas peças certa tirania de identificação, somos obrigados a guardar todas essas falsas lembranças de bons momentos vivenciados ou sobrevividos que encarnam a obrigatoriedade de reconhecer que tenho de prestar uma homenagem a esses grandes movimentos,se não me falhe a memória, de passeios frugais entre coxas de desejo da outra face como duplo, essa sombra que nos persegue: ser verdadeiro consigo mesmo e ter essas lembranças guardadas a sete chaves e reverenciadas como a tradição intocável de responder no messenger com um emoticon feliz, tudo isso é um reflexo, mas sempre é uma visão de uma imagem espelhada invertida ainda assim há reconhecimento de como a vida é uma espelunca, local para pequenos dissabores enquanto aguarda o espéculo que ira penetrar nas minhas idéias de rebeldia e alienação refletindo aqueles olhos profundos e vazios de significado, mas a esquerda não é direita e a roupa nos prega um desalinhamento do corpo. nada mais inautêntico do que incutir nos objetos a responsabilidade de minhas decisões, por favor, sejamos tomados pelo livre arbítrio de cometer suicídio em massa de nossas certezas ao sucumbir ao paradoxo dos objetos: eles nos agridem com suas verdadeiras emoções e nos afagam com suas falsas racionalizações. Agora dou ao espectador de galeria o espectro da decisão consciente de uma complementaridade estranha e sutil violenta de seu sabor universal pois nada é mais sagrado do que ser escravo dos objetos narcisicamente rodeados de seus celulares, tudo é muito mais mundano do que a emergência de atendê-los e desligá-los como quem desliga a vida.
duchamp coloca o artificio como pura aceitação do inevitável mecanismo, o urinol nos abastece de pleno sabor amargo de nossos mais novos excrementos: os objetos já sabem disso só o sujeito a espera de um e-mail não sabe ser ele mesmo, acima de tudo ser artificial.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Apenas um par de Botas


viver significa ter de ser fora de mim,no absoluto fora que é a circunstância ou mundo:é ter de,querendo ou não,enfrentar-me e chocar-me,constantemente,incessantemente com tudo que integra esse mundo;minerais,plantas,animais,os outros homens.não há remédio tenho de atracar-me com isso tudo,mas isso acontece ultimamente a mim só, e tenho de fazê-lo solitariamente.