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terça-feira, 25 de março de 2008

Mais do Menos

...que 4 dedos fazem1 palmo, e 4 palmos fazem 1 pé, 6 palmos fazem 1 cúbito, 4 cúbitos fazem a altura de um homem, 4 cúbitos fazem 1 passo e 24 palmos fazem um homem; Se abrir as suas pernas tanto que diminua 1 /14 da sua altura e esticar e erguer os seus braços até que os seus dedos do meio toquem o alto da sua cabeça, deve saber que o centro dos membros entendidos será no umbigo e que o espaço entre as pernas será um triângulo equilátero. O comprimento dos braços estendidos de um homem é igual à sua altura. Desde a raiz do cabelo até à extremidade do queixo é um décimo da altura de um homem, desde a extremidade do seu queixo até ao alto da sua cabeça é um oitavo da sua altura; desde o alto do seu peito até ao cimo da sua cabeça será um sexto do homem. Desde o alto do peito até à raiz do cabelo será um sétimo de todo o homem. Desde os mamilos até ao alto da sua cabeça será o quarto de um homem. A maior extensão dos ombros contém em si a quarta parte de um homem. Desde o cotovelo até à ponta da mão será a quinta parte de um homem; e desde o cotovelo até ao ângulo do sovaco será a oitava parte de um homem. Toda a mão será a décima parte de um homem; o início dos genitais marcam o centro do homem. O pé é a sétima parte do homem. Desde a planta do pé até abaixo do joelho será a quarta parte de um homem. Desde abaixo do joelho até ao início dos genitais será a quarta parte de um homem. A distância entre o fim do queixo até ao nariz e desde a raiz do cabelo até às sobrancelhas é, em cada caso, a mesma, e tal como a orelha, um terço do rosto.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Ser normal é ser Artificial


Ser um artificio significa encontrar nos fragmentos das pequenas peças certa tirania de identificação, somos obrigados a guardar todas essas falsas lembranças de bons momentos vivenciados ou sobrevividos que encarnam a obrigatoriedade de reconhecer que tenho de prestar uma homenagem a esses grandes movimentos,se não me falhe a memória, de passeios frugais entre coxas de desejo da outra face como duplo, essa sombra que nos persegue: ser verdadeiro consigo mesmo e ter essas lembranças guardadas a sete chaves e reverenciadas como a tradição intocável de responder no messenger com um emoticon feliz, tudo isso é um reflexo, mas sempre é uma visão de uma imagem espelhada invertida ainda assim há reconhecimento de como a vida é uma espelunca, local para pequenos dissabores enquanto aguarda o espéculo que ira penetrar nas minhas idéias de rebeldia e alienação refletindo aqueles olhos profundos e vazios de significado, mas a esquerda não é direita e a roupa nos prega um desalinhamento do corpo. nada mais inautêntico do que incutir nos objetos a responsabilidade de minhas decisões, por favor, sejamos tomados pelo livre arbítrio de cometer suicídio em massa de nossas certezas ao sucumbir ao paradoxo dos objetos: eles nos agridem com suas verdadeiras emoções e nos afagam com suas falsas racionalizações. Agora dou ao espectador de galeria o espectro da decisão consciente de uma complementaridade estranha e sutil violenta de seu sabor universal pois nada é mais sagrado do que ser escravo dos objetos narcisicamente rodeados de seus celulares, tudo é muito mais mundano do que a emergência de atendê-los e desligá-los como quem desliga a vida.
duchamp coloca o artificio como pura aceitação do inevitável mecanismo, o urinol nos abastece de pleno sabor amargo de nossos mais novos excrementos: os objetos já sabem disso só o sujeito a espera de um e-mail não sabe ser ele mesmo, acima de tudo ser artificial.