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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

a arte hoje é como o papel moeda ela tem uma forma física mas o seu valor é
determinado por um lastro "econômico",ou seja virtual
se todos os bancos quebrarem o seu dinheiro se torna um pedaço de papel inútil,a arte opera num mesmo modo
não importa o que o artista produza porque ele pode fazer qualquer coisa ou ação
que vira arte,
mas sim quem vai dizer o que é e o que não e arte
hoje em dia é o curador, ele é quem tem essa função
(pode-se incluir toda a malha burocrática em torna dele, instituições,universidades,museus,
livros de arte e seus
respectivos atores).
a arte não serve para aumentar nossa auto-estima ou elevar nossos espíritos para a contemplação do belo a arte hoje não opera assim porque isso é só um amontoado
de teorias estéticas do passado que não explicam o fenômeno artístico do presente
a arte pode servir para
qualquer finalidade mas essas finalidades acima são secundárias,
mesmo resultado você teria conversando com amigos,se apaixonando ou tendo um filho.


o problema que confundem materialidade técnica com a verdadeira concepção
de duchamp que é:

a arte hoje em dia perdeu sua especificidade tanto técnica como simbólica,
o lugar do artista e até mesmo sua função está
condicionada a fatores alienados
de seu próprio fazer artístico
ou seja o artista faz arte hoje simplesmente... porque não espirrar?
ganhar dinheiro exibindo luzes som e fúria numa exposição onde amanhã todo mundo já esqueceu o que viu e parte de novo para ver uma sala vazia cheia de nenhuma intenção
artística,onde o curador é que diz o que é ou não é arte? o ready made é a presença
inequívoca
de que a arte se confundiu com o mundo e sua separação
é impossível;longe de reafirmar a morte da arte creio que um novo pensar
deve seguir adiante sem
passar nos mesmos clichês que vigoram ainda
nos nossos empoeirados museus e universidades.(sendo a morte da arte também um clichê)

a arte não morreu porque ela é um conceito criado pelos único animal que cria conceitos
e que virou uma instituição como a igreja com sua ladainha de catálogos
que não tem nada de "lógos" e seus credos de que
o artista tem que ser
alienado de criticar essa instituição.
o artista só serve para (rês)produzir nossas
modas de verão ou a
última tendência de cor da estação, qualquer padrão aleatório
ditado por um punhado de estilistas de magreza
que não percebem que o mundo é redondo porque gira infinitamente em torno do seu próprio eixo e não de seus egos.
assim a arte acumula todas as coisas através de uma coleção estilo pokemon
onde todos os participantes tem seus respectivos
animais para a competição e quem ganha e aquele que derrotar o maior números deles para finalmente ganhar o prêmio de mestre supremo pokemon (que eu não faço a menor idéia para que serve!).

todo o radicalismo de duchamp vem do fato que toda as teorias sobre arte no passado não dão
conta de explicar a arte atual: ele simplesmente nomeia qualquer objeto com qualquer teoria,qualquer conceito e diz que tudo pode virar arte, que cada pessoa pode fazer sua
própria escolha a partir de seus próprios interesses e se tornar também um artista.
hoje a arte é especulativa (todos especulam sobre uma arte que não tem existências
teórica só formal ) e virtual
(artistas criam espaços internet onde destroem
a figura do intermediário das arte:antes foram a igreja,reis, mecenas,comerciantes,
grandes corporações e hoje é uma
distribuição descentralizada e sem direitos autorais
onde a especulação contraditoriamente não existe) é simulacro:
(ela simula sua própria referência é como um espelho olhando outro espelho
nada se parece com nada e
tudo parece que já foi dito ouvido e visto
ele é como a bolsa de valores especulativa se alguém acha que a arte é de uma forma
todos
acabam indo para um mesmo lado através de ondas de especulação
chamado "moda''o mercado
é guiado pelo sentimento de que um determinado artista
possa ser bem cotado num leilão de suas obras e onde ele consagrado pode fazer o que quiser que todos aplaudirão. hoje em dia a moda é causar polêmica para atingir um publico que
adora os big brother, pessoas fabricadas autenticamente nas câmeras que captam
a vida real simulada num ambiente
controlado pela audiência.A audiência parece ser
o único termômetro capaz de autenticar uma obra (audiência é colocada aqui num sentido
mais amplo
; é uma especie de marcador que possibilita o curador saber se tal obra é ou não válida,ela funciona assim quanto maior o preço da obra melhor ela é validada e ao mesmo tempo se utiliza velhos conceitos para validar um artista como currículo e conhecimento da mídia. o sistema como um todo adora utilizar de contradições para validar seus artistas e suas obras:
ao mesmo tempo que utilizam a história da arte
para realçar determinados aspectos das obras. eles dizem que o artista fez uma ruptura com velhos cânones, flerta com o novo já sabendo que ele nasce ultrapassado. a arte hoje em dia é atemporal porque não podemos ter nenhuma referência do passado para explicá-la seu presente é seguido
continuamente de um silêncio
barulhento provocado por bolhas especulativas
de bienais e seu futuro nunca existirá pois ele já chegou e todo mundo já esqueceu

como diria o obcínico:o artista faz tudo improvisado mas ensaia bastante.