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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Respeitável Público!

éramos palhaços sem dor, uma versão piorada do conceito de circo das honestidades pagãs.realmente precisávamos ser palhaços para compreender que aquela situação não poderia continuar.amando o circo e tudo mais com seus trapezistas alados e anões telepatas.o apresentador pode reapresentar finalmente a vida para os seus famintos espectadores de tv desligada.eles estavam ali para ver tudo que ele proporcionaria,todos os seus medos dentro da goela do leão que não atravessa a rua sem piscar duas vezes o sinal,a vertigem do malabarista que se equilibra com salário mínimo de mendigo,o mágico e suas ofensas libidinosas e assédio sexual no trabalho.é sempre uma vida que se acaba quando terminamos de escrever uma palavra,pensava.personagem das sombras que fala baixinho mas que não lê as entrelinhas da palma da mão,horóscopo acabado de uma linha torta da vida.sorria, estão vendo você,pensa;palhaço de todas as horas que martelam dentro do escritório fastigado pelo calor do ventilador quebrado.não pinta mais mas mesmo assim sabe que é palhaço para apenas excomungar uma reza brava.sua mulher também bailarina tem na tristeza do parto onde se esconder enquanto seu filho não vem,ama seu enjôo matinal, não poupa milagres que acontecem toda vez que destrói uma semente de esperança naquela conta atrasada no fim do mês.longe se depara um vôo do sol no seu circulo perfeito das explosões lunares,continua palhaço,pois o circo ainda não acabou na saliva histórica de cadernos tão cheios de palavras de instantes bibliotecários e confusão ortográfica.ouve-se um tiro, saiu de dentro da culatra de um sonho, não o atingiu,ficou ali parado,cético por que hoje não tinha mau humor para morrer assim,preferiu apenas descansar e ver se daqui a alguns milhares de anos alguém ainda poderia chamá-lo de palhaço,só palhaço.

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